Você sabia que é possível economizar dinheiro, na conta de energia elétrica, mudando alguns hábitos simples?
É só alterar o horário em que você usa alguns equipamentos elétricos ou toma banho, por exemplo.
A economia pode ser considerável, mas se você não seguir à risca algumas determinações, pode ter um prejuízo enorme.
E neste post a gente vai falar um pouco sobre isso, com um olhar matemático.
Falou em dinheiro, falou em Matemática, não é mesmo?
Eu não sei se você sabe, mas a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica – estipulou a Tarifa Branca.
Quando o consumidor escolhe a Tarifa Branca, ele passa a ter a possibilidade de pagar valores diferentes dependendo da hora e do dia da semana em que ocorre o consumo.
Antes da criação do mecanismo da Tarifa Branca havia apenas uma tarifa, a Convencional, que tem um valor único, independentemente do dia da semana e do horário de consumo.
Na verdade, a tarifa Convencional ainda continua existindo. A opção pela adesão à tarifa branca é uma opção, basta entrar em contato com a companhia de energia elétrica.
E, se depois de aderir, a pessoa se arrepender, ela pode retornar à tarifa normal, basta fazer novo contato com a companhia.
Entretanto, se a pessoa quiser voltar, novamente, à tarifa branca, tem que esperar um período de 6 meses.
Para não ficar nesse vai-e-vem.
Neste post eu vou abordar o caso específico da CEMIG, que é a empresa daqui de Minas Gerais, o meu estado.
Mas, no final do post, eu vou deixar um link para você descobrir como que a coisa funciona no seu estado, de acordo com a empresa concessionária que atende a sua região.
Pois bem, como funciona a tarifa branca?
Nos dias úteis o valor da Tarifa Branca varia em três horários.
- Horário de ponta (aquele com maior demanda de energia), que vai de 17h às 19h59min.
- Horário intermediário (uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, ou seja, de 16h às 16h59min, e de 20h às 20h59min.
- Horário fora de ponta (aquele com menor demanda de energia), que são os horários restantes.
A questão é que no horário de ponta e no intermediário, a energia é mais cara.
E fora do horário de ponta a energia é mais barata.
Nos feriados nacionais e nos fins de semana o valor é sempre fora de ponta, com energia mais barata.
Bom, mas e os valores? Essa tarifa é barata mesmo, em comparação com a tarifa convencional?
Vamos ver os valores da CEMIG, e vou considerar que a bandeira tarifária vigente é a verde, que é a aquela em que não há cobrança adicional, como ocorre com as bandeiras amarela e vermelha.
Em outro post eu posso falar sobre essas bandeiras.
Dá uma olhada no valor da tarifa convencional da CEMIG, no ano de dois mil e dezenove: um pouco mais do que R$ 0,62.
Esse valor é cobrado pelo consumo de um kWh e esse valor é o mesmo, não importa o horário, porque estamos falando de tarifa convencional.
Mas e no caso dos valores da tarifa branca?
- No horário de ponta o valor é de um pouco mais de R$ 1,19.
- No horário intermediário, a tarifa é de quase R$ 0,70.
- E, no horário fora de ponta, a tarifa é de quase R$ 0,52.
Viu que o valor no horário de ponta é bem mais caro, né? Quase o dobro da tarifa convencional. Mas, no horário fora e ponta é mais barata, realmente.
Como saber se vale a pena optar pela tarifa branca?
Bom, a tarifa branca muda de valor de acordo com o horário de consumo.
Mas, a geladeira, por exemplo, não dá para ficar ligando e desligando, conforme o horário.
Então a gente precisa pensar no uso de equipamentos elétricos que podem funcionar fora dos horários de ponta e dos valores intermediários.
O consumo de energia por meio desses equipamentos é que fará a diferença.
Para esse post não ficar muito cheio de cálculos e informações numéricas, eu já fiz todos os cálculos, de acordo com as tarifas que eu mostrei anteriormente e aqui eu vou apenas mostrar os resultados a você, tudo bem?
Você pode fazer os cálculos sozinho, para ver qual é a sua realidade.
O primeiro equipamento que eu pensei foi o chuveiro elétrico.
O gasto com chuveiro, em uma casa com duas pessoas, que tomam banho de dez minutos todos os dias, será o seguinte, em valores aproximados:
- Tarifa convencional: R$ 30,16.
- Tarifa branca no horário de ponta, ou seja, de 17h às 19h59min: R$ 48,81.
- Tarifa branca no horário intermediário, ou seja, de 16h às 16h59min ou 30h às 20h59min: R$ 33,74.
- Tarifa branca no horário fora de ponta, ou seja, nos demais horários do dia e também nos fins de semana: R$ 24,91.
Em comparação com a tarifa convencional, a economia média mensal pode chegar a R$ 5,25, o que equivale a, aproximadamente, 17%.
Pode parecer pouca coisa, mas pensa nisso durante um ano: R$ 63,00.
Mas, se a pessoa não tomar cuidado e ficar lá tomando banho nos horários de ponta, em vez de economizar dinheiro a pessoa pode gastar bem mais, em comparação com a tarifa convencional.
O gasto mensal pode ser maior em R$ 18,65, o que representa um acréscimo aproximado de 62%.
Em um ano isso pode representar mais de R$ 220,00.
Enfim, em Minas Gerais, em uma residência normal, com duas pessoas, só compensa solicitar a alteração para a tarifa branca se, durante a semana, em dias úteis, as pessoas tiverem condições de tomar banho fora do horário de 16h às 20h59min.
Se tiverem condições e se também estiverem dispostas, porque tem gente que não abre mão de tomar banho nesses horários.
É a opção de cada um.
Pensando em uma mudança de comportamento mais abrangente, vamos dizer que é preciso tomar banho e ligar aparelhos elétricos como fornos, ferro de passar roupa, máquina de lavar, liquidificador, antes das 16h e depois das 21h.
Isso nos dias úteis, porque nos feriados nacionais e finais de semana a tarifa é sempre a fora de ponta.
Eu não vou falar em outras coisas, porque as pessoas que trabalham durante o dia vão precisar ligar as lâmpadas à noite e também a TV.
Mas pode ser que fique mais fácil de mudar o horário de uso daqueles aparelhos elétricos que eu mencionei anteriormente, especialmente o chuveiro elétrico.
Bem, no fim do post eu estou deixando um link para você ter acesso às referências que utilizei.
Gente, esse assunto é muito sério, muito real, muito presente nas nossas vidas.
E tem muita matemática envolvida: proporções, porcentagem, acréscimos e descontos, medidas de tempo e operações básicas, para citar alguns itens.
Assuntos que aparecem desde o Ensino Fundamental, lá na escola.
Agora, por que a gente não estuda essas matérias com exemplos práticos, com situações reais?
Se você é professor ou professora, já sabe a resposta.
E, se você é estudante, leve essa pergunta para seus professores de Matemática.
Vamos lá: até quando você vai continuar dizendo que a Matemática não serve para nada?
Grande abraço e até a próxima! Tchau, tchau!
Links externos utilizados para a elaboração do post e do vídeo:
- http://www.aneel.gov.br/alta-tensao/-/asset_publisher/zNaRBjCLDgbE/content/alta-tensao/654800?inheritRedirect=false&redirect=http%3A%2F%2Fwww.aneel.gov.br%2Falta-tensao%3Fp_p_id%3D101_INSTANCE_zNaRBjCLDgbE%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-2%26p_p_col_pos%3D2%26p_p_col_count%3D3
- https://educandoseubolso.blog.br/2015/05/13/energia-eletrica-quanto-voce-gasta-com-cada-aparelho/
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