Neste post vamos falar sobre a nona competência geral da BNCC.
Essa competência fala de alguns elementos especiais que são direito de aprendizagem de todos os estudantes da Educação Básica: empatia, diálogo, diplomacia, acolhimento, respeito à diversidade.
Assista ao conteúdo deste post no vídeo a seguir!
Vamos ao texto.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Na aula anterior, sobre a oitava competência, já falamos um pouco sobre autoconhecimento, respeito pessoal e respeito ao próximo.
Mas a competência da aula em que estamos trata de certas questões de forma mais aprofundada.
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro. E, às vezes, é preciso exercer a empatia mesmo sem a existência da simpatia.
Diz-se que a empatia é uma capacidade que só o ser humano possui, mas é, também, uma das mais difíceis de ser demonstrada, pois não é fácil abrir mão de nossa posição e interesses para entender os sentimentos e as emoções do próximo, e respeitá-las.
O ser humano empático é capaz de dialogar e resolver conflitos de forma diplomática e cooperativa, porque conflitos não se resolvem na base do abuso de poder, na base do “quem manda aqui sou eu”, nem na base do “ganha quem falar mais alto”.
As melhores e mais eficientes ferramentas para resolver problemas e tratar de diferenças pessoais são a diplomacia e a cooperação. Na resolução de conflitos, as diferenças se somam com o objetivo de um bem maior.
Ao contrário do que alguns possam pensar, dialogar não é entregar os pontos, não é se anular, até porque para que exista o diálogo é necessário que as partes se respeitem e, igualmente, promovam o respeito ao outro.
De acordo com a competência que vimos no início da aula, o respeito aos direitos humanos é um elemento demarcador de relações, obviamente, humanas. Sempre. Utilizar os direitos humanos como um demarcador permite e proporciona que os indivíduos sejam acolhidos e respeitados em sua diversidade.
E essa diversidade existe em relação aos elementos de distintos grupos sociais, que carregam diferentes identidades e saberes que precisam ser valorizados, bem como suas culturas e suas potencialidades.
Para que haja respeito, no entanto, é necessário que não haja preconceito. E preconceito não é uma coisa que pode ser relativizada. A BNCC não dá margem para interpretações distorcidas nem tendenciosas: o texto é finalizado de forma bem clara: “Sem preconceitos de qualquer natureza”.
O interessante é que a BNCC bate bastante na tecla do respeito. Eu fiz uma pesquisa rápida e identifiquei que essa palavra, “respeito”, e pequenas variações, principalmente na forma verbal, como “respeitem” e “respeitar”, aparece duzentas e oitenta vezes no documento.
E a palavra “preconceito” aparece mais de cinquenta vezes, sempre em contextos que falam da necessidade de se combater comportamentos e atitudes relacionadas a isso.
Saber que a escola é um lugar, determinado por lei, com a responsabilidade de desenvolver seres humanos mais humanizados é de grande importância, mesmo porque muitos não têm famílias que se preocupam com isso.
E somente a convivência em família não garante o contato com ambientes ricos em diversidade, como é a escola. E é na convivência que se aprende, e não se impõe, o respeito, bem como o combate a preconceitos de qualquer natureza.
Na próxima aula vamos falar sobre a décima competência geral da BNCC.
Grande abraço e bons estudos!